11 fevereiro 2010

Caixinhas de Primeiros Socorros...

Mágico e simplesmente encantador...nos últimos dias tornou-se um adoravel companheiro...e com ele faço um duelo / dueto..atraves da alma...numa intima conversa com o mar....

ele Yiruma...Dreams...



Um dia desses caminhando na beiradinha da praia ouvi os sussurros do mar...e como de costume começamos a conversar...
falávamos sobre os pequenos e inevitáveis arranhões que o coração insiste em ter...
Perguntei a ele por que eles nos são inevitáveis...e ele me respondeu que é a mesma razão pela qual muitas vezes nos apaixonamos pelas pessoas... com a incorrigível vontade de acreditar naquilo que não se vê...naquilo que jamais tocamos...e que talvez jamais venhamos a conhecer em sua totalidade...
Sem muito entender sobre essas coisas...disse a ele que o coração da gente é realmente assim...se encanta por coisas e pessoas "assim de graça"...e as admira pelo que são...pelo que representam em nossas vidas independente do abismo que possa existir entre uma e outra...
Mais uma vez o mar, sereno e calmo...disse...
Amar o que não se vê, muitas vezes é divino...mas, também temerário...pois, assim como você pode ter numa noite repleta de magia...e encanto....noutra pode surgir a pequenas atitudes, que nos façam desapontar... e perguntar se a espera pelo incerto realmente vale a pena... e então...
O que você deseja colecionar...??? sorrisos ou tristes surpresas...???
Bem...diante de uma pergunta dessas...olhei para ele silenciosamente e depois me limitei a perguntar...
Haveria algo que pudesse curar esses arranhões...???
No fundo da alma veio uma voz suave que dizia...
Sim...à nossa volta existem algumas caixas de primeiros socorros...dentro delas existem alguns remedinhos que são infalíveis...sorrisos de criança... carinho dos amigos...um abraço acolhedor... uma palavra terna quando você já não mais acredita em certas coisas...a cumplicidade mesmo que silenciosa... e por fim... há também aquelas pessoas as quais você não permitiu se aproximar e dar uma mostra do seu amor...
Essas pequenas caixas vem disfarçadas de amigos...de pessoas que você menos imagina... e que lhe surpreendem quando você não espera...
Ao invés de acreditar no que não deseja acontecer...comece a olhar aquilo que está à sua volta... observe com mais carinho... não ande tão depressa...vá mais devagar.. .experimente a brisa...veja o pôr do sol... e ouse também descobrir o pôr da lua...
Alguém disse que numa montanha não muito distante... ela acontece...e chega a ser um espetáculo de roubar o fôlego... então, permita-se apreciar aquilo que até então você não acreditou que pudesse ser real... e que lhe parecia tão distante...
A ouvir essas coisas... lembrei de uma frase na qual sempre acreditei...
Ninguém morre de "não"... mas de "Talvez"...talvez...
Jamais viva na incerteza.. .busque sempre saber onde pisam os teus pés...
Então que seja assim... que a brisa venha... e com ela os mais doces mistérios escondidos nas montanhas mais altas...aquelas ...do lado de lá...onde moram os sonhos... de onde uma certa magia...guardada por um mensageiro dos ventos... que acalenta a doce espera de um dia tornar-se poesia a beira mar...
Cúmplice...e confidente... toda vez que eu preciso...é na imensidão dos teus mistérios que encontro o abrigo... e as muitas respostas para as perguntas que carrego comigo...

(Texto criado em 05/01/2010 - postado no Santuario)

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